Quando um visitante deixa o site da sua instituição sem converter, a oportunidade não está perdida, ela só precisa ser retomada com estratégia. As campanhas de retargeting no marketing educacional permitem impactar novamente quem já demonstrou interesse, guiando esse público de volta até a matrícula.
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Quando a primeira visita não é o suficiente
Visitas a sites institucionais, comparações de grade curricular, análise de diferenciais e até a autoridade nas redes sociais entram na equação na hora da decisão. No entanto, a maioria desses visitantes não converte na primeira visita.
Dados apontam que até 97% dos usuários saem de um site sem realizar a ação esperada, como preencher um formulário ou se inscrever em um evento. Além disso, é comum que um aluno em potencial retorne ao site três ou mais vezes antes de concluir a matrícula.
A boa notícia? Sua instituição pode ser esquecida… ou lembrada com inteligência. E é nesse ponto que o retargeting se destaca como uma das ferramentas mais eficazes dentro do funil de marketing educacional, especialmente quando se fala em engajamento digital e estratégias de mídia paga.

O que é retargeting e por que ele é crucial para o marketing educacional?
Retargeting é uma estratégia de mídia paga que exibe anúncios personalizados para pessoas que já demonstraram algum interesse pela sua instituição de ensino, como visitar o site, acessar a página de um curso específico ou começar (mas não terminar) o preenchimento de um formulário.
Essa abordagem funciona por meio da instalação de cookies ou pixels nos navegadores dos visitantes. Com isso, sua equipe de marketing consegue criar segmentações comportamentais altamente precisas: pessoas que visitaram a página de um curso, assistiram a um vídeo, clicaram em um botão de inscrição ou navegaram por mais de X minutos, por exemplo.
Em outras palavras, é uma forma direta, automatizada e altamente eficaz de reimpactar quem já conhece sua marca, mas ainda não decidiu avançar na jornada de matrícula.
Retargeting x Remarketing: entenda a diferença
Embora os dois termos sejam frequentemente usados como sinônimos, eles têm diferenças importantes no contexto do marketing educacional:
Retargeting | Remarketing |
Foco em anúncios pagos exibidos após interações (ex: visita ao site) | Inclui também e-mails, redes sociais e outras abordagens |
Baseado em cookies e comportamento digital | Pode usar listas de e-mail e até interações offline |
Mais direto e automatizado | Mais relacional e personalizado |
Ideal para reconquistar atenção e gerar conversão | Ideal para nutrir e manter relacionamento |
Ambas as estratégias podem (e devem!) ser complementares. Mas quando o objetivo é recuperar oportunidades quase perdidas e acelerar decisões, o retargeting se destaca como um dos principais aliados no marketing digital.
Por que investir em retargeting na sua instituição de ensino?
Se sua equipe já investe em tráfego pago para atrair visitantes ao site da instituição, implementar o retargeting não é apenas uma boa prática, é uma estratégia essencial para maximizar resultados e aproveitar ao máximo cada clique.
Veja os principais motivos para colocar essa tática em ação:
1. Potencializa o ROI de tráfego pago
Como foi dito anteriormente, a maioria dos visitantes que chegam até o site da sua instituição não converte na primeira visita. Com o retargeting, é possível reimpactar esse público e aumentar significativamente as chances de conversão. Ou seja, seu investimento em mídia não se perde após o primeiro clique, ele continua trabalhando para trazer retorno.

2. Foco em um público mais qualificado
Diferente de campanhas amplas de atração, o retargeting atua com pessoas que já demonstraram interesse real em sua instituição, cursos ou eventos. Isso significa que você está se comunicando com um público mais propenso a avançar no funil de Captação de alunos, da consideração à decisão.
3. Guia o visitante por toda a jornada do aluno
Uma das grandes forças do retargeting é sua capacidade de acompanhar o potencial aluno em diferentes momentos da decisão educacional, o que é especialmente importante em um setor onde a jornada tende a ser longa, comparativa e emocional.
Em vez de exibir a mesma mensagem genérica para todos, o retargeting permite adequar os anúncios ao nível de consciência e interesse de cada visitante, com base nas interações que ele já teve com sua instituição.
Veja como isso pode acontecer na prática:

Topo do funil (Atração)
O visitante acessou pela primeira vez a página de um curso. Aqui, o retargeting pode exibir anúncios com diferenciais da instituição, depoimentos de alunos e conteúdos educativos (como e-books ou vídeos explicativos), reforçando a autoridade da marca.
Meio do funil (Consideração)
Se o usuário navegou por mais tempo, visualizou mais de um curso ou chegou a iniciar um formulário, ele já demonstra um interesse mais claro. Agora, os anúncios podem destacar benefícios específicos do curso, dados de empregabilidade, ou até comparativos com outras modalidades (presencial, EAD, híbrido).
Fundo do funil (Decisão)
Para quem quase converteu (por exemplo, iniciou uma inscrição e parou) os anúncios devem ser mais diretos: chamadas para ação com senso de urgência, condições especiais de matrícula, vagas limitadas, ou lembretes de datas importantes.
Essa adaptação por etapa torna a comunicação muito mais eficaz, respeitando o ritmo de decisão de cada perfil e evitando que sua instituição perca oportunidades por falta de timing ou excesso de repetição.
Mais do que “reaparecer” para o visitante, o retargeting certo constrói relevância progressiva, conduzindo o aluno em potencial com conteúdo útil, persuasivo e alinhado às suas dúvidas e necessidades a cada etapa do caminho.
Aplicações práticas de campanhas de retargeting no marketing educacional
O retargeting oferece uma versatilidade que vai muito além da captação inicial de leads. A seguir, veja como aplicar essa estratégia em diferentes momentos da jornada, com exemplos práticos adaptados à realidade de instituições de ensino:
1. Captação de novos alunos
A Captação de alunos é um dos pilares mais importantes do marketing educacional, e também um dos mais desafiadores. O retargeting entra como um reforço essencial para reengajar visitantes que demonstraram interesse, mas saíram do site sem converter.
Situação comum:
Usuários acessam páginas de cursos, navegam por diferenciais, leem e até clicam no botão de inscrição… mas não finalizam o formulário.
Nesse contexto, os anúncios de retargeting devem funcionar como um lembrete estratégico e persuasivo, despertando curiosidade, reforçando benefícios e quebrando objeções.
Estratégias e criativos recomendados:
Público-alvo | Estratégia de anúncio | Exemplo de criativo |
Visitantes da página de curso | Reforce diferenciais, estrutura e empregabilidade | “Conheça as vantagens exclusivas da nossa graduação em Engenharia.” |
Visitantes que clicaram no botão “inscreva-se” | Explore gatilhos emocionais e sociais | “Veja o que dizem nossos alunos e como é estudar aqui!” |
Visitantes recorrentes (2+ visitas) | Ofereça bônus, conteúdos exclusivos ou benefícios limitados | “Matrículas com bolsa de 30% até sexta-feira. Aproveite!” |

2. Eventos educacionais
Eventos como feiras, vestibulares, aulas abertas ou webinars são oportunidades valiosas para atrair e engajar potenciais alunos. Porém, mesmo com boas campanhas de divulgação, muitos usuários iniciam a inscrição e não a concluem, e é aí que o retargeting mostra sua força.
Esse tipo de campanha pode relembrar o visitante da importância do evento, da data limite e dos benefícios da participação, criando uma sensação de urgência sem ser invasiva.
Ações recomendadas:
– Segmentação de usuários que:
- Acessaram a landing page do evento;
- Preencheram parcialmente o formulário;
- Clicaram no botão de inscrição, mas abandonaram o processo.
– Formatos de anúncio sugeridos:
- Carrossel com os principais atrativos do evento;
- Vídeos curtos com convites de professores ou coordenadores;
- Display com contagem regressiva.
– Mensagens de exemplo:
- “Ainda dá tempo de garantir sua vaga no vestibular!”
- “Participe do nosso aulão gratuito e tire suas dúvidas sobre o curso dos seus sonhos.”
- “Faltam poucos dias para a Feira de Cursos! Inscreva-se e receba conteúdos exclusivos.”
3. Rematrícula e Gestão da Permanência
Campanhas de retargeting também funcionam muito bem com quem já faz parte da instituição, especialmente em momentos decisivos como a rematrícula.
Use essa estratégia para impactar alunos que:
- Acessaram o portal acadêmico mas não efetivaram a renovação;
- Visitaram a área de rematrícula no site;
- Demonstraram inatividade por um tempo considerável.
Uma comunicação simples, como “O prazo para garantir sua vaga está acabando!”, pode gerar o empurrão necessário para a ação, principalmente se vier acompanhada de benefícios, como desconto para quem renovar mais cedo.
4. Reativação de inadimplentes
Aqui, o retargeting pode se tornar um aliado estratégico do setor financeiro da instituição. Ao identificar usuários que acessaram a área de pagamentos ou boletos, mas não concluíram nenhuma ação, é possível veicular anúncios com:
- Mensagens empáticas, como: “Sabemos que imprevistos acontecem. Que tal renegociar sua dívida com condições especiais?”;
- Chamadas para renegociação on-line com um clique;
- Ofertas de bolsas ou descontos temporários.
É uma forma não invasiva e automatizada de estimular a regularização de pendências.
5. Cross-sell de cursos
Cross selling, ou venda cruzada, é uma técnica de vendas que consiste em oferecer produtos ou serviços complementares ao que o cliente já está comprando ou demonstrou interesse. No marketing educacional, essa estratégia pode ser amplamente aplicada com a ajuda do retargeting.
Por meio do comportamento de navegação e do histórico do aluno ou lead, sua instituição pode exibir anúncios personalizados que promovam novas oportunidades, incentivando a permanência do estudante.
Exemplos práticos:
- Graduado em Administração? Anúncios podem destacar uma pós-graduação em Finanças, um MBA em Gestão de Pessoas ou um curso de Liderança e Inovação.
- Visitou a área de idiomas, mas não se inscreveu? Reforce os diferenciais com chamadas como: “Melhore seu currículo com fluência em inglês. Matrículas abertas!”.
- Aluno do presencial demonstrou interesse em EAD? Mostre cursos on-line como extensão ou cursos livres com certificado, reforçando flexibilidade e praticidade.

Como montar uma campanha de retargeting educacional eficiente?
Uma campanha de retargeting bem planejada pode transformar visitantes indecisos em alunos matriculados. Mas, para isso, é essencial estruturar sua estratégia com atenção aos detalhes técnicos e criativos.
A seguir, veja um checklist prático com os principais passos para criar campanhas eficazes:
1. Instale corretamente os pixels
Antes de pensar em criativos ou segmentações, é fundamental garantir que os pixels de rastreamento estejam funcionando em todas as páginas relevantes do seu site, especialmente as de cursos, formulários, eventos e áreas de pagamento.
Esses códigos permitem que as plataformas de mídia identifiquem quem visitou seu site e em qual contexto, o que é essencial para ativar o retargeting.
Principais ferramentas de rastreamento:
- Meta Pixel (Facebook e Instagram);
- Google Ads Tag;
- LinkedIn Insight Tag (caso utilize essa rede);
- TikTok Pixel (se aplicável).
Dica importante: use o Google Tag Manager (GTM) para instalar e gerenciar esses pixels com mais agilidade e segurança, sem precisar alterar o código-fonte do site sempre que surgir uma nova tag. O GTM também facilita a configuração de eventos personalizados, como cliques em botões ou envio de formulários.
2. Segmente por comportamento
O grande diferencial do retargeting é a personalização. Por isso, vale segmentar seus públicos com base nas ações que realizaram em seu ambiente digital. Use seu CRM educacional para separar os públicos.
Exemplos de segmentação comportamental:
- Visitou a página de um curso, mas não preencheu o formulário;
- Clicou no botão “inscreva-se”, mas abandonou a página;
- Acessou a área de rematrícula, mas não concluiu o processo;
- Visualizou conteúdos sobre bolsas, mas não aplicou.
3. Desenvolva criativos específicos para cada público
Criativos genéricos não funcionam com públicos segmentados. É necessário que os anúncios conversem com o momento de decisão de cada perfil.
Considere os seguintes elementos:
- Título: deve ser direto e atrativo, despertando curiosidade ou urgência.
- Imagem ou vídeo: quanto mais real e contextual, melhor. Mostre ambientes reais da instituição, alunos, professores.
- Texto: aborde objeções comuns. Por exemplo, “Não sabe qual curso escolher? Conheça as trilhas de carreira.”
- Call to Action (CTA): seja claro. Use comandos como “Finalize sua inscrição”, “Garanta sua vaga” ou “Fale com um consultor agora”.
🔗 Quer saber tudo sobre chamadas para ação? Então não deixe de conferir nosso blog post sobre esse tema:

4. Use ferramentas certas para veicular
As principais plataformas de retargeting que você pode usar:
Plataforma | O que permite fazer | Link |
Google Ads | Retargeting via rede de display e YouTube | ads.google.com |
Meta Ads (Facebook/Instagram) | Retargeting com base em visitas, interações e eventos | facebook.com/adsmanager |
LinkedIn Ads | Para cursos de pós-graduação e MBAs (segmentação por profissão) | linkedin.com/ads |
CRM com integração a Ads | Como a Rubeus, para ativar públicos automaticamente | rubeus.com.br |
5. Teste diferentes formatos de anúncios
Formatos variados alcançam diferentes perfis de usuários em momentos distintos. Alguns convertem melhor no mobile, outros no desktop. Alguns são mais eficazes em redes sociais, outros em sites parceiros.
Formatos recomendados:
- Display: banners gráficos em portais e blogs;
- Vídeo: ideal para YouTube, Stories, Reels e Shorts;
- Carrossel: permite mostrar múltiplos cursos, diferenciais ou depoimentos;
- Responsivo: se adapta automaticamente ao espaço e dispositivo, com grande cobertura.
Formatos ideais:
- Display (Google Ads) para remarketing visual;
- Instagram/Facebook Ads para anúncios mais envolventes;
- YouTube para vídeos institucionais com chamada para ação.
Testar deve ser um verdadeiro hábito para entender o que funciona na estratégia da sua instituição de ensino. SEJA VICIADO EM TESTES! |
6. Defina limites de frequência
Exibir o mesmo anúncio repetidamente pode gerar saturação e até rejeição. Por isso, é importante definir limites de frequência, ou seja, quantas vezes cada pessoa verá seu anúncio por dia ou por semana.
Boas práticas:
- Limitar a 2 ou 3 exibições por dia por usuário;
- Acompanhar a taxa de cliques (CTR) e a frequência média;
- Alternar criativos a cada 7 ou 10 dias para evitar cansaço visual.
7. Monitore e otimize continuamente
Nenhuma campanha de retargeting é perfeita desde o início. O segredo está na análise constante dos resultados e na otimização progressiva.
Indicadores essenciais para acompanhar:
- Taxa de cliques (CTR);
- Custo por aquisição (CPA);
- Impressões vs. resultados;
- Tempo médio até a conversão.
Com base nesses dados, você pode ajustar criativos, segmentações, lances e formatos para garantir a melhor performance possível.
8. Dica extra: conecte com automação de marketing
Se o lead clicar, mas ainda não converter, continue a nutrição com e-mails ou WhatsApp automatizado com conteúdos relevantes.
Campanhas de retargeting no marketing educacional: Considerações finais
Finalizamos esse conteúdo e espero que tenha gostado e que seja muito útil para o seu dia a dia! Se este material serviu para te inspirar, que tal compartilhá-lo com alguém?
Até a próxima! 👋

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– Formato ABNT:
BITTENCOURT, Nathan. Campanhas de retargeting no marketing educacional: Eles já te conhecem. Agora é hora de trazê-los de volta! Descubra como. Rubeus, 2025. Disponível em: https://rubeus.com.br/blog/campanhas-de-retargeting-no-marketing-educacional/.
Acesso em: XXXX. de XXXX.
– Formato APA:Rubeus. 2025, 12 de junho. Campanhas de retargeting no marketing educacional: Eles já te conhecem. Agora é hora de trazê-los de volta! Descubra como. [Post da web]. Recuperado de https://rubeus.com.br/blog/campanhas-de-retargeting-no-marketing-educacional/