O metaverso promete revolucionar a forma como o aprendizado é trabalhado nas instituições de ensino, transformando o conteúdo lecionado em uma experiência imersiva e que rompe com os limites da sala de aula. Sua instituição de ensino já considera os impactos do metaverso na educação? Entenda agora como se preparar para esse futuro cada vez mais próximo! ✅
Tempo aproximado de leitura: 5 minutos
Introdução
Já não é mais novidade que os métodos tradicionais de ensino estão enfrentando certa resistência por parte dos alunos. Muitas instituições de ensino estão percebendo a necessidade de implementar mudanças na forma de ensinar, acompanhando o “novo” perfil de seus alunos, os nativos digitais.
Além disso, a tecnologia introduziu mudanças estruturais significativas no processo de ensino-aprendizagem. Mudanças essas que são essenciais para a obtenção de melhorias significativas no desempenho de alunos e professores.
Assim, as instituições de ensino têm encontrado na Aprendizagem Combinada uma forma de tornar o ensino ativo, unindo elementos como: Gente + Espaço (recursos) + Tecnologia, transformando o resultado dessa união em uma forma de envolver os alunos genuinamente no processo de aprendizagem e promover a associação ativa do conteúdo.
Dentre as inovações emergentes no cenário educacional está o metaverso. Estamos falando de uma tecnologia nova, que, até o momento, pouco se sabe acerca dos impactos efetivos que ela trará para a educação e como eles afetarão os processos de ensino e aprendizagem.
Entretanto, uma coisa é certa: o metaverso está abrindo portas para uma nova realidade na forma de ensinar e aprender. E, por isso, a sua instituição deve se preparar para os impactos que serão sentidos no setor educacional.
Entendendo a palavra e o conceito: O que é o metaverso?
Em resumo, o metaverso é uma proposta do antigo Facebook (agora Meta) que propõe a criação de um ambiente virtual paralelo ao mundo real. Ambiente esse que proporciona a possibilidade de cada pessoa viver uma simulação personalizável.
Como o próprio nome sugere, o metaverso vai além do universo. É a junção de tecnologias destinadas a produzir versões de universos virtuais. Ou seja, é uma recriação virtual do mundo real na qual usuários e desenvolvedores podem “customizar” de acordo com as suas preferências.
Assim, o metaverso propõe a possibilidade de interagir virtualmente com outras pessoas em todo o mundo através de poucos cliques. Isso significa que qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode colocar um fone de ouvido de realidade virtual ou utilizar o seu navegador da Web para fazer login em um espaço virtual e se comunicar com outras pessoas “cara a cara”.
O metaverso une realidade aumentada, interfaces de realidade virtual, estendida e mista, redes sociais, criptomoedas e até mesmo o uso de NFTs (tokens não fungíveis) entre outras tecnologias com o intuito de proporcionar experiências emocionais.
| 😃 VOCÊ SABIA? O MC Donald’s já está com tudo no metaverso! Recentemente, a gigante do fast food revelou a sua proposta para essa nova realidade virtual: oferecer produtos e até mesmo a possibilidade de entrega a domicílio (virtual). 🛵 Além disso, empresas como Boticário e Carrefour também já marcam presença no metaverso. |
A curva da inovação e o metaverso
Quando olhamos, hoje, para algumas tecnologias que utilizamos no nosso dia a dia, como WhatsApp, Facebook, Uber e Airbnb, fica difícil lembrar como era a vida sem elas, não é mesmo?
Mas, bem sabemos que essas tecnologias não estavam sempre à nossa disposição e para que hoje pudéssemos usufruir de cada uma delas, outras pessoas precisaram se arriscar no “desconhecido” e confiar no potencial de cada uma. Isso acontece com qualquer novidade tecnológica e esse fenômeno é explicado pela curva de inovação. Você já ouviu falar dela?
Veja só essa imagem explicativa:
Em síntese, a curva de inovação é muito utilizada para explicar o surgimento e a aderência de novas tecnologias na sociedade. A imagem acima demonstra a seguinte realidade:
Quando uma nova tecnologia surge, os primeiros a receberem são os chamados inovadores. Eles compõem apenas 2,5% da população. Em geral, são aquelas pessoas que estão sempre sedentas por novidades e por testá-la.
Já os adeptos iniciais compõem 13,5% da população e normalmente são pessoas que procuram por novas soluções para seus problemas e possuem um potencial de influência maior para os outros compradores.
Posteriormente, temos a maioria inicial. Formada por 34% da população, essas pessoas necessitam de uma aprovação geral para começarem a utilizar uma novidade. Não é que elas sejam contrárias às tecnologias, mas só aderem às novidades se já foram foram aprovadas pelo mercado.
A maioria tardia vem logo depois e representa 34% da população também. Essas pessoas são mais conservadores e só aderem a inovação depois que ela se torna usual e, normalmente, quando os preços baixam.
E, por fim, os retardatários, que representam 16% da população, são pessoas contrárias às inovações e resistem a elas. Essas pessoas só adquirem novos produtos quando já não há outra opção. Quem aí não conhece pessoas que ainda não têm WhatsApp, Pix, não usam Uber…
🔍 Falando especificamente do metaverso, cabe às instituições de ensino analisarem em qual estágio da curva de inovação irão se enquadrar. Ademais, vale a pena ressaltar que ao investir em novas tecnologias apesar de “incerto”, pode ser altamente benéfico para empresas que buscam se destacar no mercado.
Perspectiva para o metaverso na educação
Assim como as demais tecnologias, o metaverso vai impactar o cenário educacional. Em síntese, o metaverso na educação fornecerá assistência para as aulas ao criar experiências de aprendizado imersivas, coletivas e compartilhadas.
Ademais, ele irá romper com as barreiras da sala de aula, ultrapassando questões como distância (promovendo aulas síncronas e assíncronas), falta de recursos e ausência de contextualização.
Impactos do metaverso em números
Uma projeção recente, divulgada pela empresa Gartner, revela impactos expressivos acerca do metaverso na vida das pessoas. De acordo com a pesquisa, em 2026, 1 a cada 4 indivíduos passará pelo menos 1 hora do dia imerso na realidade virtual.
Ainda segundo o estudo, as pessoas já estão utilizando o metaverso para a realização de reuniões, para assistir a shows e participar de eventos virtuais.
No que tange os impactos do metaverso na educação, podemos considerar que tanto professores quanto alunos tenderão atingir um novo nível de compreensão acerca dos impactos da tecnologia e como ela pode maximizar a aprendizagem.
| 📝 VALE A PENA RESSALTAR Por proporcionar uma experiência completa de aprendizagem, o metaverso na educação tende a reduzir os números de evasão escolar, aumentando a Gestão da Permanência e proporcionando o sucesso dos alunos. |
Possibilidades do metaverso para a educação
As previsões revelam que o metaverso tende a fornecer a imersão do aluno, além de proporcionar oportunidades para melhorar o processo de aprendizagem.
Em outras palavras, alunos e professores podem se encontrar no espaço virtual, independentemente de sua localização na vida real. Essa oportunidade resultará em uma educação aprimorada.
Imagine, por exemplo, uma sala de aula cheia de alunos ansiosos para aprender sobre História. Através do metaverso será possível retroceder aos primórdios da humanidade, estar “presente” na Primeira Guerra Mundial e até mesmo rever acontecimentos políticos. Incrível, né?
Ademais, será possível clicar em ícones, vivenciar experiências, interagir, ver a aplicação do teórico na prática, estudar em uma sala de aula de outra parte no mundo. Não há limites!
Além disso, no metaverso, os professores terão controle sobre as interações dos alunos, trabalhando ativamente a interdisciplinaridade escolar e atuando em questões como a prevenção ao bullying, por exemplo.
Desafios do metaverso na educação
Por ser uma ferramenta pouco conhecida e tão inovadora, o metaverso apresenta desafios que desde já devem ser considerados e trabalhados pelas instituições de ensino. Veja alguns deles a seguir:
I. Treinamento e capacitação dos docentes
A migração do analógico para o digital, principalmente perante à pandemia,pegou muitos professores de “supresa”. Infelizmente, ainda existem muitos docentes que não estão familiarizados com as ferramentas tecnológicas e a sua aplicação em sala de aula.
Dessa forma, frente a essa realidade, imergir em um ambiente totalmente virtual pode ser um grande desafio. Ademais, unir o teórico e o prático pode representar mudanças significativas na forma como o professor leciona.
Entretanto, é importante considerar que professores que não aceitam mudar, tendem a desestimular os alunos e a limitar os benefícios proporcionados pela tecnologia.
Aliás, vou deixar aqui alguns dos nossos conteúdos nos quais tratamos especificamente sobre o novo papel do professor frente às mudanças digitais no ambiente educacional. Vale a pena conferir:
- Perfil do professor do futuro: quem não inova, fica para trás!
- O papel do professor no ensino híbrido: como se sobressair e inovar
II. Os alunos estão “sedentos” por uma experiência completa
É preciso entender que o aluno quer viver uma experiência. Ou seja, as instituições devem trabalhar em todos os pontos de contato formas de proporcionar uma interação positiva, daquelas experiências realmente memoráveis.
Sendo assim, será preciso que toda a instituição de ensino esteja receptiva ao uso desta nova realidade e participe da migração do analógico para o digital.
III. Investimento expressivo
Conforme mencionamos, o metaverso ainda é uma novidade que está sendo trabalhada para futuramente ser acessível a maioria das pessoas.
Entretanto, assim como toda novidade, ele necessitará de um investimento expressivo inicialmente. Isso significa que as instituições que objetivam sair na frente terão de alocar recursos a fim de inovarem e impactarem o mercado.
Metaverso na educação: Como atuar?
Conforme mencionado, ainda não há certezas quando o assunto é metaverso na educação, o que podemos é fazer inferências acerca do que está por vir para tentar não sermos pegos de “supresa”.
Frente a isso, há algumas ações que as instituições de ensino podem começar desde já a adotar, veja só:
I. Metaverso na educação: Deixe claro que a sua instituição de ensino está ciente das inovações
Em resumo, a dica é abordar o assunto, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Ou seja, demonstrar que a instituição de ensino possui perspectiva de futuro e está se “antevendo” a ele. Isso servirá para vincular inovação à marca da instituição.
II. Metaverso na educação: Planeje e se prepare
Em suma, se prepare para inserir a inovação gradativamente em sala de aula e fora dela também. Isto é, desde já comece a se planejar, englobando questões estruturais, metodológicas, administrativas, recursos humanos e financeiros etc. Assim, será mais fácil direcionar os investimentos e se antever a possíveis problemas.
Fique por dentro das novidades do cenário educacional!
Assim como o metaverso, há outras novidades que a sua instituição deve estar atenta!
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Considerações finais
Espero que você tenha gostado do nosso conteúdo sobre metaverso na educação! Agora, você pode compartilhá-lo com a sua equipe para que, assim, vocês cresçam juntos e na mesma direção.
Ótimos resultados! 😃
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Para usar como referência acadêmica
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– Formato ABNT:
PAULA, Natália. Metaverso na educação: entenda como a sua instituição de ensino pode se preparar. Rubeus, 2022. Disponível em: https://rubeus.com.br/blog/metaverso-na-educacao/. Acesso em: XXXX. de XXXX.
– Formato APA:
Rubeus. 2022, 8 de junho. Metaverso na educação: entenda como a sua instituição de ensino pode se preparar. [Post da web]. Recuperado de https://rubeus.com.br/blog/metaverso-na-educacao/
