A Aprendizagem Experiencial consiste em um processo de aprendizagem envolvente. Com ela, os alunos aprendem fazendo e refletindo acerca da experiência vivenciada. Sendo composta pelo Ciclo de Aprendizagem Experiencial, ela trabalha o aprendizado tendo como base quatro pilares: Experiência, Reflexão, Pensamento e Ação. Entenda, agora, como aplicá-los na prática! ✏️📚
Tempo aproximado de leitura: 5 minutos
Antes de começarmos…
Por ser um tema extremamente rico, optamos por dividir esse conteúdo em duas partes: uma mais inicial e a outra mais avançada. Essa é a parte 2 desse conteúdo.
Por isso, se você ainda não conferiu a primeira parte, na qual elencamos definições, benefícios e aplicações da Aprendizagem Experiencial, te convido a ler o nosso conteúdo na íntegra, clicando na imagem abaixo!
Já conferiu? Então vamos em frente, boa leitura e ótimos insights! 😃
Introdução
Como vimos, a Aprendizagem Experiencial trabalha a perspectiva de que a melhor maneira de realmente aprender algo é vivenciando experiências práticas. Em suma, a explicação para isso está no fato de que as experiências ficam “registradas” em nossa mente, nos ajudando a reter informações e a nos lembrar dos fatos com maior facilidade.
Para colocá-la em prática, a Teoria da Aprendizagem Experiencial, desenvolvida por David Kolb, abarca também um ciclo composto por etapas estratégicas que contribuem para o êxito da metodologia.
Portanto, a seguir veremos mais sobre o Ciclo de Aprendizagem Experiencial, sua importância e como aplicar cada uma das etapas na prática.
O Ciclo de Aprendizagem Experiencial
Em suma, a Teoria do estilo de Aprendizagem Experiencial de Kolb é representada por um ciclo de aprendizagem de quatro estágios no qual o aluno “passa por todas as bases”, sendo elas: Experiência, Reflexão, Pensamento e Ação.
Esquematicamente, funciona assim:
Como funciona o Ciclo de Aprendizagem Experiencial?
Em síntese, o processo de aprendizagem inicia-se com uma experiência, que exige uma reflexão. Posteriormente, o aluno é conduzido à revisão e a alternância de perspectivas sobre a experiência vivenciada.
Assim, o próximo passo é o pensamento abstrato com o objetivo de chegar a conclusões e conceituar o significado da experiência. O resultado final é fazer com que o aluno chegue à decisão de agir, engajando-se em experimentação ativa ou testando o que ele aprendeu.
Ademais, este ciclo é tão natural e orgânico que, quando aplicado de forma planejada e inteligente, os alunos se envolvem sem ter consciência de que estão aprendendo. Isso acontece quase sem esforço.
Como aplicar o Ciclo de Aprendizagem Experiencial?
Como vimos, as etapas que compõem o ciclo oferecem uma rica possibilidade de aplicação. Isso significa que, de forma resumida, a Aprendizagem Experiencial pode ser executada de diferentes formas e perspectivas, desde que sua abordagem exploratória seja incentivada.
Além disso, independentemente dos recursos utilizados, seja dentro ou fora da sala de aula, a metodologia deve possuir como centro a vivência prática da experiência e sua posterior análise.
🔍 A seguir, elenquei 3 dicas para você aplicar o Ciclo de Aprendizagem Experiencial na prática, veja só:
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Exercite dinâmicas em grupo
Em resumo, as dinâmicas em grupo possibilitam duas grandes vantagens: a experimentação e a integração entre as equipes. Há diversas possibilidades e formatos para desenvolver as dinâmicas em grupo, utilizando ou não recursos materiais ou somente induzindo os alunos com perguntas e observações ao que há ao redor. Seja criativo!
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Explore possibilidades
Com o intuito de conduzir os alunos a novas experiências, você pode optar pela utilização de recursos que possuem o poder de dar leveza e fluidez ao aprendizado.
Abaixo há algumas dicas de materiais que podem enriquecer as experiências:
Caso você atenda especificamente ao ensino superior, nossa próxima dica pode ser ainda mais assertiva, veja só:
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Utilize recursos tecnológicos interativos
Em resumo, a tecnologia é capaz de transportar o aluno para fora da sala de aula. Por isso, por que não utilizá-la como base para uma experiência inesquecível de aprendizagem?
Você pode utilizar o Google Earth e levar o aluno para o “outro lado do mundo”, sem que ele precise nem ao menos sair da sua carteira.
Ademais, além do Google Earth há diversos museus e bibliotecas virtuais. Aproveite as oportunidades!
🚨 IMPORTANTE: o papel do professor é primordial para a adoção da Aprendizagem Experiencial. Ele assume a responsabilidade de mentor. Isto é, alguém que conduz o aluno à reflexão e ao entendimento acerca da experiência vivenciada.
😎 Nós abordamos de forma mais completa o papel do professor para a Aprendizagem Experiencial na parte 1 desse conteúdo, você se lembra?👉🏻 Caso ainda não tenha visto ou deseje relembrar alguns insights, é só conferir nosso blog post “Teoria da Aprendizagem Experiencial: definições, benefícios e aplicações práticas”.
Como enriquecer a utilização do Ciclo de Aprendizagem Experiencial?
Como vimos, o papel do professor é fundamental. Entretanto, quando não há uma atuação estratégica do docente, o que ocorre é que o aluno vivencia a experiência, mas não reflete sobre ela. O resultado é uma “aprendizagem mecânica” sem o real entendimento do que se está aprendendo.
Assim, pensando na importância do enriquecimento da experiência, separamos algumas perguntas que devem ser exploradas ao longo da Aprendizagem Experiencial, observe:
1. O que deu certo e/ou o que falhou?
Posteriormente vivenciar a experiência é importante induzir os alunos a pensarem sobre os pontos mais significativos. Peça que descrevam os eventos.
Além disso, leve-os a pensar sobre quais recursos foram utilizados. Pondere sobre a importância de cada um deles e como eles se sentiram ao vivenciar esse tipo de experiência.
2. Por que tivemos sucessos ou fracassos?
Como se chegou aos resultados encontrados? O que ajudou, o que atrapalhou? Ademais, o que era esperado no início do processo e o que foi apresentado ao final? Qual outro ângulo e perspectiva pode ser explorado de forma a encarar essa experiência de maneira diferente?
3. Há pontos que podem ser alterados?
O que poderia ser feito de diferente? O que foi aprendido a partir disso? Quais novas percepções? O que foi confirmado? Que novas questões surgiram? Que outras teorias nos ajudam a aprofundar o aprendizado?
4. Quais ações deverão ser tomadas para fazer melhorias?
Em suma, o importante aqui é considerar o que a experiência significa na prática. O que pode-se fazer a partir dela? Quais inferências foram realizadas no início da experiência e sua relação com os resultados encontrados ao final?
5. O que isso significa na prática?
Neste momento, incentive que os alunos façam a ligação entre a parte teórica do conteúdo e a parte prática. Assegure-se de que eles realmente entendam quais aplicações e impactos esta experiência pode ter no mundo real, bem como o fato de que a parte teórica soma-se à parte prática para a compreensão completa do conteúdo.
Considerações finais
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Para usar como referência acadêmica
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🔗 Formato ABNT:
ESTEVAM, Paloma. Ciclo de Aprendizagem Experiencial: conheça suas etapas e aplicações. Rubeus, 2021. Disponível em: https://rubeus.com.br/blog/ciclo-de-aprendizagem-experiencial/. Acesso em: XXXX. de XXXX.
🔗 Formato APA:
Rubeus. 2021, 13 julho. Ciclo de Aprendizagem Experiencial: conheça suas etapas e aplicações. [Post da web]. Recuperado de https://rubeus.com.br/blog/ciclo-de-aprendizagem-experiencial/